domingo, 19 de outubro de 2008

Neil Young - Comes A Time (1978)


Sei muito bem que o filé mignon da produção de Neil Young está em seus álbuns da virada das décadas 60/70 ou, quem sabe, nos trabalhos do início dos anos 90. De qualquer forma, Comes A Time não é um disco considerado indispensável por críticos de música ao redor do mundo, talvez sua importância seja mais observada pelos sucessos pop que gerou, "Lotta Love" e a faixa-título.

Críticos nem sempre estão certos. Comes A Time é um disco praticamente perfeito na carreira de Neil. Ele vinha de um período negro, livrando-se de drogas e superando a morte de Danny Whitten, guitarrista de sua banda de apoio, Crazy Horse. Mesmo que esse tempo tenha trazido obras-primas como On The Beach (1974) e Tonight's The Night (1975), Comes A Time é o momento em que o artista quase volta pra casa, que, numa interpretação nem tão forçada, poderia ser entendida como uma volta a si, aos sentidos e ao mundo.

Young retomava a seqüência acústica de Harvest (1972) e se esbaldava naquela sonoridade híbrida de country e folk que ele tão bem domina, levada à perfeição em "Look Out For My Love" e, principalmente, nas já citadas "comes A Time" e "Lotta Love". Esta última ainda ganhou uma versão soft rock da vocalista de apoio de Young na época, Nicolette Larson, que emplacou o Top 10 americano.

Este disco, além de seu valor artístico, é, para mim, a iniciação ao culto do véio canadense. Foi o primeiro trabalho que ouvi e que me conquistou totalmente. Dá saudade dos tempos em que os discos queriam dizer mais do que, simplesmente, música.

2 comentários:

Anônimo disse...

Deu uma vontaaaade de cortar os cabelos dessa pessoa... =)
Garanto que vou baixar esse cd e comentar. Legal é que ele tem a minha idade, eu nasci em 1978.
=*

CEL disse...

Cortar o cabelo da Nicolette, coitada?